A eleição do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Gravatá (STR/Gravatá), realizada na última quarta-feira (23), terminou de forma acirrada e envolta em polêmicas. Com 846 votos (50,27%), a Chapa 1, composta por Socorro e José Givaldo, foi declarada vencedora frente à Chapa 2, formada por Vera de Orlando e Mikaele Veríssimo, que obteve 766 votos (45,51%). Ao todo, foram apurados 1.683 votos, incluindo 71 votos brancos e nulos.
O processo de apuração foi conduzido pelo diretor vice-presidente da FETAPE, Adelson Freitas, que ao final da contagem anunciou oficialmente a vitória da Chapa 1. Em sua fala, ele agradeceu ao presidente da Comissão Eleitoral e mencionou que o boletim final estava sendo preparado para as assinaturas. Adelson também se colocou à disposição de advogados e fiscais para eventuais dúvidas e esclarecimentos.
Apesar da proclamação oficial, a disputa não se encerrou com o anúncio. Logo após o resultado, a equipe jurídica da Chapa 2 informou que irá apresentar um pedido formal de impugnação das eleições, alegando inconsistências nas informações fornecidas pela CONTAG e suspeitas de fraudes envolvendo recibos e a participação de eleitores supostamente inaptos.
“Vamos apresentar impugnação ao resultado das eleições com base nas informações da CONTAG, que foram desencontradas, e com base nas suspeitas de fraude de alguns recibos, que colocavam os eleitores em condição de atrito e que a gente vai descobrir”
Afirmou a advogada da Chapa 2.
A diferença de apenas 70 votos entre as duas chapas acirrou os ânimos entre os grupos e aumentou a tensão no ambiente sindical. Diante das denúncias, o caso poderá seguir para análise em instâncias superiores das entidades sindicais ou até mesmo para a Justiça.
Enquanto isso, os trabalhadores e trabalhadoras rurais de Gravatá aguardam os próximos desdobramentos e a definição oficial sobre a condução do sindicato nos próximos 4 anos.