O Aterro Sanitário de Gravatá voltou a ser palco de polêmica e expôs, mais uma vez, a fragilidade da gestão do prefeito Joselito Gomes. A disputa pública entre a atual secretária de Obras e gestora do aterro, Viviane Facundes, e o ex-secretário da pasta, Ricardo Malta, escancara não apenas divergências políticas, mas também a falta de controle da prefeitura sobre um problema que afeta diretamente o meio ambiente e a população.

Viviane divulgou nas redes sociais um vídeo em formato de “antes e depois”, no qual mostra supostas melhorias no aterro durante sua gestão. A iniciativa, no entanto, foi contestada por Ricardo Malta, que afirma que as imagens do antes, usadas pela secretária seriam de 5 de maio de 2025, quando ela já estava à frente da pasta. O ex-secretário destacou ainda que os registros já haviam sido publicados pelo vereador Aldo Lamassa em uma investigação independente, o que, segundo ele, desmente a narrativa da atual gestora.

O episódio ganhou repercussão porque, ao tentar responsabilizar seu antecessor, Viviane acabou escancarando que tanto o “antes” quanto o “depois” mostrados no vídeo aconteceram dentro da gestão do prefeito Joselito Gomes. Na prática, a própria secretária reforçou que os problemas do aterro sempre estiveram sob responsabilidade da atual administração, evidenciando a omissão do gestor diante do colapso do espaço.

Um aterro polêmico

Ricardo acusa Viviane de manter o aterro funcionando há 20 meses sem licença ambiental, período em que ela responde pela gestão. Ele também protocolou denúncias no CPRH-PE e no MPPE, alertando que o chorume estaria escorrendo por um córrego localizado no Loteamento Alexandre Fonseca e chegando ao Rio Ipojuca. Um laudo do ITEP confirmou a presença de altos índices de DBO e DQO no líquido analisado, o que comprova risco de contaminação ambiental.

Ainda segundo Ricardo Malta, no caso específico do Aterro Sanitário, o município mais do que dobrou o valor gasto com a operação. Antes do contrato emergencial, se pagava em média R$ 130 mil; agora o custo já passa de R$ 280 mil — um aumento superior a 115%.

Responsabilidade do prefeito

A troca de acusações entre secretários apenas confirma o que já é evidente: a responsabilidade é do prefeito Joselito Gomes. Cabe a ele fiscalizar seus auxiliares, garantir a legalidade da operação e assegurar que a população não seja exposta a riscos ambientais e de saúde.

Vale lembrar que, em gestões anteriores à de Joselito, o Aterro Sanitário de Gravatá era um exemplo, sendo utilizado para pesquisas e estudos, e funcionando dentro das normas técnicas.

Move | A Marca da Sua Marca!